quinta-feira, 5 de novembro de 2009

a dança e o movimento profetico(segundo Gerson Ortega)

O movimento profético na dança é fruto de uma total entrega ao Senhor e de intimidade com Sua pessoa e Sua personalidade de uma maneira tal que nos “fundimos a Ele” tornando-nos com nosso Mestre uma só peça que traz na sua plenitude o discurso corporal da vontade de Deus.


Descrevemos aqui algo sobre a vida de Isadora Duncan; uma artista inigualável do início do século passado, que serviu a falsos deuses, embora sua vontade era exatamente de entregar-se e ser, através de seu corpo e movimento, um instrumento profético, dos deuses a quem serviu…

O Século XX começa seu caminho abrindo mão de tudo já existente.

Foram-se os corsets, bloomers (certos tipos de calções), anáguas (ou saias de baixo), sapatilhas com ponteiras e a moralidade da Era Vitoriana.

Chegou o amor livre, compromissos “livres”, transporte livre, tudo livre …

A sociedade contemporânea começa afluir com a dança do povo.

Isadora Duncan, nasceu em 1878. Era uma de quatro crianças. Desde pequena Isadora queria dançar em sua própria maneira. Com o encorajamento da mãe a família se muda para Nova Iorque e mais tarde para a Europa, buscando os anseios de Isadora sobre a dança. Quando se tornou mais velha, ela percebeu sua capacidade única e decidiu que somente a Grécia Helênica trazia a chave para sua carreira.

Mudaram-se para a Grécia em 1903. Com 25 anos, Isadora vivia no topo de um monte próximo de Atenas. Ela necessitava estar próximo a um templo para os deuses gregos e queria ter seu próprio anfiteatro… Seu desejo era viver como a velha Grécia vivia.

Ao examinarmos a cultura grega, a glorificação do corpo e da alma predomina.



Adoração a deuses e prostituição nos templos prevaleciam. Idolatria e prostituição nos templos eram comuns. Isadora desprezava o ballet estruturado e se auto denominava uma poetisa em movimento. Ela não se denominava uma artista de teatro pois amava dançar em igrejas, jardins, festas e templos.

Isadora buscou a expressão divina do espírito humano, e se seguisse seu instinto, acreditava que poderia se transformar na própria natureza. Então ela se tornaria o mar, o vento, as nuvens, o céu. Ela amou mais a criatura que o Criador.





“Por isso Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupicências de seu próprio coração, para desonrarem seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém” Romanos 1:24,25





Ela admitia que a produção artística da dança era fácil para ela. Ela recebia e se relacionava com os espíritos. Ela ouvia uma melodia do “outro mundo” e através de orações e meditação criava uma dança. Comunicava uma mensagem em termos de movimento. Ela não podia imaginar usar seu instrumento, seu corpo, numa maneira tão restrita como o ballet. Sua dança trazia vida e expressão. Qualquer impressão que ela recebesse, ela dançava. Dançava com total abandono, e era vista por muitos como flutuando ao brilho do sol com seus pés raramente tocando o solo.

Sua vida foi uma tragédia moral e de corrupção. A adoração a ídolos deixa alguém sem entendimento, uma vítima da confusão. Triste ver alguém ao mesmo tempo tão dedicada e tão perdida.





“Por que para mim curvei Judá como um arco e o enchi de Efraim; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra teus filhos, ó Grécia! E te porei, ó Sião, como a espada de um valente.” Zacarias 9:13



Os caldeus usavam a dança como meio de educação para ensinar astronomia e ciência. Eles desenvolveram ballets para ensinar tempo e ritual. Os babilônios e assírios tinham mais frequentemente homens dançando e suas mulheres eram profetas dançarinas do templo.

Para os egípcios a dança era o carro-chefe da expressão religiosa. Eles desenvolviam encenações como uma ferramenta de ensino e seus jovens eram educados com dança. Eles tinham o costume de treinar bailarinos como Davi fazia.

As danças hebraicas eram bem atléticas em estrutura. Eram feitas com coros. Os militares usavam a dança como um meio de treinamento. Essas pessoas dançavam como Davi, com “finesse” e liberdade. Dançavam ao som do coro e músicos. A dança era algo muito respeitado em Israel.



“Davi ia vestido de um manto de linho fino, como também todos os levitas que levavam a arca e os cantores, e Quenanias, chefe dos que levavam a arca e dos cantores; Davi vestia também um estola sacerdotal de linho. Assim todo o Israel fez subir com júbilo a arca da aliança do Senhor, ao som de clarins, de trombetas, de címbalos, fazendo ressoar alaúdes e harpas.

Ao entrar a arca da Aliança do Senhor na cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo o rei David dançando e folgando, o desprezou no seu coração”. I Crônicas 15:27-29



Mesmo sendo uma “nação dançante”, Israel tinha pessoas que se escandalizavam com dança ao redor da arca, mesmo sendo seu rei!

Mical é protótipo dos juízes, pessoas que não fluem e não se movem com Deus e Sua Santa Presença. Começam a criticar baseados em cuidados humanos e não percebem que a própria presença de Deus está lá palpável, tocável! E por causa de seu julgamento, eles se tornam estéreis espiritualmente como Mical (II Sm 6:23).



Davi é o protótipo de Jesus que dança perante o Pai rejubilando-se pela Sua presença que tem sido buscada e resgatada nestes dias.



Deus fala a Ezequiel:





“Bate as palmas, bate com os pés e dize: Ah! Por todas as terríveis abominações da casa de Israel! Pois cairão à espada, e de fome, e de peste.”

Ezequiel 6:11





Essa é uma dança profética de condenação do Seu povo! Deus se levanta contra a idolatria de Seu povo dando sua sentença através de palmas e dança!!!

Jesus compara a geração de seu tempo com aquela que não dança quando se toca música.





“São semelhantes a meninos que, sentados na praça, gritam uns para os outros:

Nós vos tocamos flauta e não dançastes; entoamos lamentações, e não chorastes.”

Lucas 7:32





Quantas vezes canções são tocadas na igreja, cânticos entoados e ninguém dança ou se alegra! Quantas vezes há necessidade de quebrantamento e choro e não o fazemos!

A presença de Deus sempre traz mudanças e desafios!! Homens e mulheres tocados por Deus ganham uma nova visão de assuntos espirituais, assim como a Isadora ganhou uma visão espiritual enganosa porque seus deuses eram falsos, mas sua intenção era a de buscá-Lo e se entregar a Ele e a Seu comando.



Há ainda muito a se aprender e descobrir do que Deus nos tem dado com relação à dança profética diante do Rei!



Gerson Ortega


fonte:  http://www.gersonortega.com/estudos/a-danca-e-o-movimento-profetico/www.gersonortega.com/estudos/a-danca-e-o-movimento-profetico/

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